Acordo
com a Nasa faz parte do Programa Artemis, que mira estabelecer uma presença
humana de longo prazo na superfície lunar
Itália
vai projetar os primeiros módulos habitacionais de uma futura base na Lua.
O acordo foi assinado nesta quinta-feira
(16), em Roma, pela Nasa e pela Agência Espacial Italiana (ASI), no âmbito do
Programa Artemis, que planeja levar astronautas de volta ao satélite natural da
Terra.
O pacto prevê que a ASI, com o apoio da indústria
italiana, conduza um estudo preliminar para o projeto de desenvolvimento de
espaços habitacionais para a futura base do Programa Artemis, que mira
estabelecer uma presença humana de longo prazo na superfície lunar.
O principal objetivo da missão é usar a Lua
como plataforma de exploração do Espaço profundo, inclusive para viagens
tripuladas para Marte.
A expectativa é de que o primeiro voo
com astronautas do Programa Artemis 3 chegue ao satélite natural em 2025, a NASA deverá esperar pelo menos mais dois
anos antes de uma nova missão tripulada na superfície da Lua. As informações
são de oficiais da agência espacial, afirmando que a missão Artemis 4 não
será dedicada a mais um pouso, mas sim à montagem da estação
orbital Gateway
A Artemis 4 levará o módulo habitacional I-Hab à
estação, para acoplagem com os elementos Power and Propulsion Element e
Habitation and Logistics Outpost. Esta missão será também o primeiro voo da
versão Block 1B do foguete Space Launch System (SLS), que
substitui o estágio de propulsão criogênica, este que será usado nos três
primeiros lançamentos do SLS..
Com a
mudança, as demais poderão levar
outras cargas úteis junto da cápsula Órion, como o módulo 1-Hab, por exemplo.
Apesar de a missão ainda estar distante, a NASA já reconhece que tem um grande
desafio à frente. “Quando você coloca na balança as restrições de desempenho,
as oportunidades de lançamento e deixa tudo alinhado, descobrimos que somos
terrivelmente desafiados”, observou Mark Kirasich, vice-administrador associado
e chefe da divisão de Sistemas de Exploração Avançada da NASA.
Vale
destacar que as demais missões do programa Artemis, bem como o cronograma
delas, dependem também do progresso das partes iniciais da empreitada. A, que será um teste de voo não tripulado,
ainda não tem data para ser lançada. Jim Free, administrador associado da NASA
para desenvolvimento de sistemas de exploração, afirmou que a agência espacial
espera lançá-la entre março e abril.
Um dos problemas para colocar tudo isso em prática é a massa do
I-Hab. Segundo Kirasich, as cargas úteis co-manifestas no novo estágio do SLS
precisam obedecer ao limite máximo de 10 toneladas métricas, sugerindo que
estão com dificuldades para deixar o habitat abaixo do limite.
Segundo
ele, Dan Hartman, gerente de programa da Gateway, “está trabalhando dia e noite
com a Agência Espacial Europeia (ESA) para conseguir deixar a massa dentro do
limite” — a ESA é a responsável pelo desenvolvimento do módulo
habitacional I-Hab, em parceria com a agência espacial japonesa JAXA.