Que a tecnologia tem mudado a
forma de se trabalhar e de fazer negócio já não é mais novidade. É praticamente
impossível pensar em empreender sem utilizar as facilidades que surgiram em
decorrência das ferramentas que tem transformado e facilitado o dia a dia das
pessoas. Com isso, vejo a tecnologia como um grande fator impulsionador do
empreendedorismo.
Mas, empreender vai além de saber utilizar a tecnologia, é preciso
direcioná-la de forma assertiva, assim como o seu capital e intelectual, para
criar soluções capazes de resolver os problemas dos seus clientes. Portanto, a
soma do empreendedorismo e da tecnologia podem gerar resultados capazes de
fazer com que sua empresa se destaque em seu meio de atuação.
Além desta ferramenta ter
modificado o comportamento humano, ela tornou o acesso rápido e fácil ao
conhecimento, de forma a simplificar a troca de informação e a quebrar as
barreiras da comunicação, além de ter diminuído os custos operacionais e,
consequentemente, aumentando os ganhos na produtividade das empresas. Já com a
escalabilidade, diferentemente de negócios tradicionais e físicos, ela faz com
que haja um crescimento na receita de forma desproporcional, agregando valor ao
seu negócio e atendendo as demandas dos clientes, sem precisar aumentar
expressivamente os custos.
E se no passado você
precisava de milhões para colocar um negócio de pé, isso mudou. Hoje, muitas
pessoas conseguem começar um negócio com pouco dinheiro, ou, literalmente, com
nada, e faturar milhões. Está mais simples empreender. Não estou dizendo que é
fácil, claro que não, até porque seus concorrentes também vão usar a tecnologia. Mas, comparando com
alguns anos atrás, é transformador.
Já as redes sociais têm um poder absurdo como canal de
distribuição e engajamento e não demandam grandes investimentos para começar,
descentralizando o “poder” de influência. É o caso dos influencers e criadores
de conteúdo, que têm ganhado notoriedade e muito dinheiro através de redes
sociais como: Youtube, Instagram, TikTok, entre outros canais. Com poucos
cliques e baixo nível de complexibilidade, é possível criar posts, vídeos,
interagir com milhares e/ou milhões de pessoas. E o melhor, essas ferramentas
tornam esse mercado acessível, possibilitando a entrada de qualquer pessoa,
quebrando muitas barreiras, uma vez que o principal diferencial está em você e
na conexão que você cria com a comunidade.
Hoje o Brasil tem um cenário mais propício para empreendedores,
criadores de conteúdo e startups, em decorrência desses avanços tecnológicos.
De acordo com os dados da Associação Brasileira das Empresas de Software, a
expectativa é que o setor de TI cresça 14% este ano no Brasil, com potencial
para representar entre 2,5% e 3% dos investimentos globais em tecnologia da
informação. Além disso, o país é o 2º maior utilizador de internet no mundo,
com cada brasileiro conectado por mais de 10 horas por dia, e o 2º em termos de
redes sociais, com quase 4 horas, de acordo com o levantamento da Sortlist.
Desta forma, é inegável falar que o brasileiro
é muito bem familiarizado com tecnologias no seu dia a dia. É possível dizer
que quem está apenas no físico está perdendo oportunidades. Isso porque o
empreendedor conectado, expande o seu negócio, otimiza recursos financeiros e
torna a relação com o consumidor cada vez mais próxima, essa é a visão do
futuro, uma vez que a empresa está no
celular da pessoa que acessa e o olha várias vezes ao dia. É importante ser
omnichannel, ou seja, marcar presença em vários canais, online e offline.
Negligenciar o online pode ser um “tiro no pé”. Portanto, o sucesso de uma
empresa depende de vários fatores, e estar presente nas redes sociais pode
aumentar sua participação no mercado e tornar a sua empresa mais competitiva em
um todo.
Por Fernando Senna, cofundador
da Start Empreendedor, edtech criada por empreendedores para
empreendedores, com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma
startup, da fase inicial a aqueles que já estão prontos para escalar o seu
negócio.